A violência no cinema marginal de Júlio Bressane

Abstract

Júlio Bressane é um dos poucos diretores de sua geração ainda em atividade no Brasil, desde 1966, com seu primeiro curta-metragem comercial (Bethânia Bem de Perto), Bressane coleciona uma série diversa de filmes na carreira, explorando os mais variados temas. O presente trabalho visa explorar o período marginal da filmografia do cineasta a partir da análise crítica de três obras – Matou a Família e foi ao Cinema (1969); Cuidado, Madame (1970); Memórias de um Estrangulador de Loiras (1971) – e de um panorama político e cultural do momento histórico em que os filmes foram feitos. O intuito é investigar a forma com que a violência é representada na filmografia do diretor e observar de que maneira ela se relaciona com os diversos movimentos culturais e os conturbados acontecimentos políticos da época. Além disso, procura-se contribuir com o debate acerca do Cinema Marginal, um importante período da história cinematográfica brasileira. Para isso, será feita uma revisão bibliográfica tanto de teóricos do cinema quanto de outras áreas, como historiadores e psicanalistas.