Juventudes periféricas e vulnerabilidade social: um estudo do papel político- pedagógico da educação não formal

Abstract

O presente trabalho tematiza a relação entre juventudes periféricas e Educação não formal. O objetivo mais amplo consiste em apreender como os jovens em situação de vulnerabilidade social percebem a influência e o papel da Educação não formal. Inicialmente, contextualizamos as principais dimensões que configuram o papel político-pedagógico da Educação não formal, seguindo as análises teóricas desenvolvidas pela professora Maria da Glória Gohn, uma das principais referências nessa área. Em seguida, realizamos entrevistas semiestruturadas, na comunidade do Ibura, bairro da cidade do Recife/PE, com cinco jovens participantes de projetos educativos não formais, visando mapear suas percepções acerca da sua própria condição de vulnerabilidade social e como eles/as percebem a influência das práticas educativas não formais em suas vidas. Os resultados evidenciaram uma relação direta entre a participação desses jovens em experiências educativas movidas por diferentes organizações da sociedade civil e um conjunto de aprendizagens nos âmbitos sociopolítico e pessoal, o que nos permite defender positivamente quanto ao papel político-pedagógico da Educação não formal.