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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57755
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Título: | A narração de histórias no processo de (trans)formação humana de mulheres que vivem em condição de subalternidade : contribuições desde a perspectiva transpessoal de(s)colonial |
Autor(es): | CHAVES, Célia Gomes |
Palavras-chave: | Educação; Contação de histórias; Mulheres |
Data do documento: | 21-Jun-2024 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | CHAVES, Célia Gomes. A narração de histórias no processo de (trans)formação humana de mulheres que vivem em condição de subalternidade: contribuições desde a perspectiva transpessoal de(s)colonial. 2024. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | A arte de contar histórias é uma prática milenar, presente em todas as culturas e geradora de experiências ricas em trocas de saberes e aberturas para as dimensões sagradas da palavra, sua potência criativa, invocatória de mundos e ponte entre o material e o espiritual. Este trabalho busca compreender a prática da narração de histórias numa perspectiva transpessoal de(s)colonial, como possível promotora de processos de (trans)formação humana. Realizamos experiências de rodas de narrações de histórias com grupos de mulheres no “NEIMFA”, na periferia do Coque, e com mulheres sobreviventes do cárcere, na “Liberta Elas”, ambos na cidade de Recife, PE. Estas mulheres encontram-se em condição de subalternidade e com histórias de vida marcadas pela violência, abandono e resistência. Mergulhamos no tema e refletimos a partir de referenciais teóricos da narração de histórias, das viradas “participativa” e “ontológica” na Psicologia Transpessoal de(s)colonial e de estudos feministas. Movemos a pesquisa qualitativa participativa como caminho metodológico e nos inspiramos, inicialmente, nas trilhas feministas da Pesquisa Intuitiva da pesquisadora transpessoal Rosemarie Anderson. As experiências foram registradas no diário de bordo, num processo de compreensão e construção do conhecimento por meio da "Escrevivência" de Conceição Evaristo, integrando teoria e prática num “sentipensar” e cocriando uma escrita de pesquisa corazonada e comprometida com a vida. Apresentamos as experiências de rodas de histórias no NEIMFA e no “Liberta elas” apontando a potência (trans)formativa das narrativas como um exercício espiritual de ampliação de fronteiras e vivências de bem-viver. Indicamos o narrar como possibilidade de cocriação de um sentido de comunidade entre as mulheres, capaz de criar um campo amoroso e seguro para que experiências de (trans)formação humana possam acontecer num processo de ampliação de estados de consciência capaz de construir conhecimentos a partir de múltiplos saberes que integrem todas as dimensões humanas, alcançando um estado descrito por Stanislav Grof como hilo-holotrópico. Além de abrir caminho para um pluralismo espiritual que permite uma comunhão profunda do indivíduo consigo, com os outros, a natureza e o cosmos multidimensional. Situamos o narrar como um exercício de confluência com os extra-humanos e pontuamos que há muitas histórias a serem ditas e poucos para ouvi-las de forma corazonada. Destacamos alguns pressupostos epistêmicos da perspectiva transpessoal de(s)colonial que sustentam os processos de narração de histórias enquanto (trans)formação humana: a) narrar histórias para ampliar as noções de si e de pessoa; b) crítica à perspectiva de um pensamento hegemônico e a inclusão de múltiplos saberes na experiência das rodas de histórias; c) a construção do caminho para a roda de histórias como proposta transpessoal de(s)colonial e d) a dimensão espiritual da experiência das rodas de histórias e a abertura para outras realidades. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57755 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Educação |
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