O USO DE PROBIÓTICOS NA SAÚDE DA MULHER COM CANDIDÍASE VULVOVAGINAL: REVISÃO INTEGRATIVA

Abstract

A microbiota humana é composta por microrganismos que desempenham funções essenciais no organismo, como a proteção e a modulação do sistema imunológico. A microbiota vaginal, em particular, desempenha um papel crucial na manutenção da saúde ginecológica, prevenindo a colonização por patógenos. No entanto, desequilíbrios nessa microbiota podem levar à infecções como a candidíase vulvovaginal (CVV), causada principalmente pela Candida albicans. A CVV é uma infecção comum entre mulheres, caracterizada por sintomas como coceira, secreção e inflamação na área genital. Os probióticos, que são microrganismos vivos que conferem benefícios à saúde do hospedeiro quando administrados em quantidades adequadas, podem promover um ambiente microbiano saudável, impedindo o crescimento excessivo de patógenos. Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica para evidenciar a relação entre o uso de probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal (CVV) como tratamento não farmacológico e seus possíveis efeitos sobre a sintomatologia. A metodologia do estudo é uma revisão integrativa da literatura, utilizando o fluxograma PRISMA para a seleção de artigos relevantes. Foram definidos critérios de inclusão e exclusão para os artigos utilizados na revisão. A revisão integrativa incluiu a análise de diversos estudos clínicos que investigam o uso de probióticos como alternativa terapêutica para a CVV. Os resultados indicam que os probióticos podem impactar positivamente a microbiota intestinal e vaginal, contribuindo para a redução dos sintomas da CVV e prevenindo recorrências. No entanto, mais estudos clínicos são necessários para confirmar a eficácia e estabelecer diretrizes claras para o uso de probióticos na gestão da CVV.