A atuação antiproliferativa da vitamina D e o seu papel na progressão do câncer de mama: uma revisão integrativa da literatura

Abstract

O objetivo deste trabalho é revisar a literatura sobre a relação entre a deficiência de vitamina D e o câncer de mama, descrevendo os mecanismos de ação da vitamina D no organismo. Esta é uma revisão integrativa. Foram selecionados artigos das plataformas PubMed, Scielo e Google Scholar, utilizando os termos "câncer de mama", "vitamina D" e "deficiência de vitamina D". Não foram realizadas intervenções em humanos ou animais, e todos os dados foram obtidos de estudos publicados. Foram incluídos estudos em inglês, espanhol e português que investigaram a associação entre vitamina D e câncer de mama. Sete artigos publicados entre 2014 e 2024 foram analisados, revelando uma associação clara entre baixos níveis de vitamina D e características desfavoráveis do câncer de mama. Um estudo na Tailândia mostrou que 93% dos pacientes tinham níveis baixos de vitamina D, relacionados a estágios avançados da doença. Outro estudo indicou que 61% de 200 pacientes apresentavam deficiência, especialmente entre aqueles com metástases. Na Alemanha, 51,3% das mulheres eram deficientes, e uma pesquisa na Índia encontrou 86% de deficiência em recém-diagnosticados. Um experimento em camundongos com calcitriol não afetou o crescimento tumoral, apesar da ativação genética. Embora existam evidências sobre os efeitos positivos da vitamina D na prevenção e tratamento do câncer de mama, os resultados são contraditórios, indicando a necessidade de mais pesquisas para esclarecer a relação entre níveis de vitamina D e a incidência de câncer de mama, visando embasar futuras intervenções clínicas.