Consumo alimentar de adultos que vivem em uma comunidade rural do Município de Vitória de Santo Antão - PE

Abstract

O Brasil é um país que possui uma grande extensão territorial e parte importante da população rural é responsável por abastecer os centros urbanos de alimentos. Entretanto, modificações intensas no processo de urbanização e nos sistemas alimentares tem tornado cada vez mais necessário o estudo dos impactos dessas mudanças na população do campo. O objetivo deste trabalho é avaliar o consumo alimentar de adultos que vivem em uma comunidade rural do Município de Vitória de Santo Antão - PE. Este é um estudo transversal realizado com adultos residentes no Engenho Galiléia, zona rural de Vitória de Santo Antão-PE. Foram incluídos adultos a partir de 20 anos. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de questionários que abordam aspectos socioeconômicos, hábitos alimentares saudáveis e um questionário de frequência alimentar. Participaram do estudo 273 indivíduos, majoritariamente do sexo feminino (54,6%), de pele parda (63,4%), com ensino fundamental I incompleto (51,3%) e empregados (58,2%). O consumo médio diário de Frutas/Legumes/Verduras (FVL) foi de 5,04 porções (±3,78), com destaque para banana (1,03) e a manga (1,03), e menor consumo de mamão (0,19). O grupo dos Tubérculos teve consumo médio de 1,14 porções (±1,05), sendo a batata inglesa o item mais consumido (0,34). Aproximadamente, 59,5% dos participantes compram alimentos em feira livre/de rua, mas no momento da aquisição 56,2% não priorizam os produtos locais e 61,1% não preferem alimentos orgânicos. O consumo de alimentos in natura atingiu parâmetros desejáveis, No entanto, é indispensável acompanhar essa população para garantir melhor acesso aos direitos de uma alimentação adequada e saudável, no campo.