Barreiras da inclusão escolar para as pessoas com deficiência intelectual

Abstract

Este trabalho trata das barreiras atitudinais que existem nas escolas públicas do município de Recife e que dificultam a inclusão escolar das pessoas com deficiência intelectual nas turmas regulares e suas modalidades de ensino. E o papel do professor para identificar essas barreiras e eliminá-las é fundamental, pois pelo fato desses profissionais atuarem diretamente com os estudantes no processo do ensino-aprendizagem, eles podem contribuir para transformar a lógica determinista de uma sociedade excludente, para uma lógica inclusiva e humanizadora. Por isso que a conscientização desses professores para a mudança de sua prática educativa, é importante para tornar o processo da inclusão escolar possível de ser realizado. No entanto, há fatores que impedem que essa conscientização se concretize, como as relações de poder que são legitimadas e justificadas como parte de uma ordem social que precisa existir. E sendo essa ordem social excludente, o capital cultural e simbólico que se impõe como formação do habitus desses professores, bem como as regras do campo escolar, baseiam-se no reforço dos interesses de uma classe dominante que visa seus interesses individuais e sua manutenção no poder. Para essa classe, não há interesse na transformação dos valores sociais e nem da lógica que fundamenta a ordem social, porque isso acarretaria a perda de privilégios. E é por isso que uma prática educativa para a liberdade e a emancipação de todas e todos precisa ser levada a sério, e os professores, por serem os responsáveis por executar essa prática, podem e devem responsabilizar-se para que as escolas não sejam espaços de uma reprodução social excludente e sim de inclusão da diversidade humana.