Degradação e vulnerabilidade dos trabalhadores na Amazônia: análise do trabalho escravo contemporâneo (1995-2000)

Abstract

Este artigo tem como objetivo analisar o trabalho escravo contemporâneo na Amazônia durante o período de 1995 a 2000. A priori, é essencial investigar a Ditadura Militar (1964-1985), durante a qual foi implementada uma política de colonização na região, incentivando a migração de trabalhadores, com base nos discursos governamentais do presidente Emílio Garrastazu Médici e no apelo midiático para tal. Em um segundo momento, este estudo explora os deslocamentos de trabalhadores brasileiros, destacando as problemáticas que permeiam e pontuando as problemáticas existentes nos termos “migrantes” e “emigrantes”. Feito esse percurso, por fim, o trabalho aborda as condições degradantes dos trabalhadores rurais a partir de dados da Comissão Pastoral da Terra e evidencia também o debate historiográfico em torno do conceito “trabalho análogo ao de escravo”.