Impactos da pandemia da Covid-19 : implicações na prática de atividades físicas entre adolescentes de 10 a 19 anos - OMS. Uma revisão de literatura narrativa

Abstract

Este estudo tem por foco os impactos da pandemia da COVID-19 na prática de atividades físicas dos adolescentes, segundo a literatura consultada, entre 10 a 19 anos. Com base na Revisão de Literatura Narrativa, a pesquisa analisou 29 publicações científicas, sendo artigos científicos, livros, periódicos e reportagens publicadas, dos últimos cinco anos, para compreender como as restrições impostas pelo isolamento social-COVID-19 afetaram as práticas de atividades físicas nessa faixa etária. Os resultados evidenciaram uma redução significativa nessas práticas, intensificando os índices de sedentarismo e inatividade física entre esses jovens. Entre os principais fatores responsáveis destacam-se o fechamento de escolas e espaços esportivos no que acarretou para o aumento do tempo de exposição às telas televisivas e eletônicas, como por exemplo, o celular e a ausência de estímulo para a prática de atividades físicas. Esse cenário contribuiu para um aumento da vulnerabilidade dos adolescentes para aquisição e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, hipertensão e diabetes, além de impactar negativamente na saúde mental, o que favoreceu quadros de ansiedade e depressão. Neste contexto, ancorado nas publicações analisadas, concluiu-se que o período pandêmico acentuou uma tendência pré-existente de redução de atividades físicas entre os adolescentes integrantes das referidas publicações. Com estas perspectivas, a pesquisa apresenta como contribuição político-social a necessidade de implementar e implantar políticas público-sócio-educacionais para nutrir à prática de atividades físicas com objetividade para incorporar hábitos saudáveis. Tais perspectivas de modos que sejam concebidas por estratégias político-educacionais direcionadas ao processo de conscientização sobre o sentido e significado de práticas de atividades físicas como fundamental e essencial para superar os impactos negativos deixados pela pandemia de COVID-19.