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Título : Prospecção fitoquímica e avaliação das atividades antimicrobianas das cascas do caule de Hancornia speciosa Gomes (Apocynaceae)
Autor : SILVA, Viviane Bezerra da
Palabras clave : Etnobotânica; Infecções; Mangabeira; Planta medicinal; Resistência microbiana
Fecha de publicación : 20-feb-2025
Editorial : Universidade Federal de Pernambuco
Citación : SILVA, Viviane Bezerra da. Prospecção fitoquímica e avaliação das atividades antimicrobianas das cascas do caule de Hancornia speciosa Gomes (Apocynaceae). 2025. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Resumen : Hancornia speciosa Gomes, pertencente à família Apocynaceae, é uma planta nativa do Brasil, amplamente utilizada por comunidades tradicionais para o tratamento de diversas condições, incluindo infecções. Considerando o potencial terapêutico de H. speciosa, este estudo teve como objetivos: 1) Caracterizar quimicamente os extratos etéreo (EEHS) e metanólico (MEHS) da casca do caule de H. speciosa; 2) Investigar as atividades antifúngica, antivirulência e modificadora da ação do fluconazol dos extratos; 3) Avaliar as atividades antibacteriana e modificadora de fármacos de ambos os extratos contra bactérias patogênicas; 4) Avaliar a atividade tóxica dos extratos frente ao organismo modelo Drosophila melanogaster. Casca do caule de H. speciosa foi coleta em uma área de proteção ambiental da Chapada do Araripe, Ceará, Brasil. Os extratos foram preparados usando os solventes n-hexano, éter sulfúrico e metanol, sendo os dois últimos utilizados nas análises. Os extratos foram analisados quimicamente por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (UPLC-MS-ESI- QTOF) e por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC-MS). Fenóis e flavonoides foram quantificados espectrofotometricamente. A atividade antifúngica dos extratos foi analisada tanto isoladamente quanto em combinação com o fluconazol, contra as cepas de Candida albicans, Candida krusei e Candida tropicalis, usando o método de microdiluição em caldo. Além disso, foi avaliada a capacidade dos extratos em inibir a transição morfológica para formas invasivas, como hifas e pseudohifas. A atividade antibacteriana foi avaliada por meio de testes de concentração inibitória mínima (MIC) utilizando ensaio de microdiluição seriada e de modificação de fármacos contra cepas bacterianas padrão e multirresistentes de Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. A toxicidade dos extratos foi avaliada em D. melanogaster por meio de ensaios de ingestão, com monitoramento diário da mortalidade ao longo de sete dias. Os resultados das análises fitoquímicas revelaram a presença de ácidos graxos, triterpenoides, fitosteróis, fenólicos e flavonoides em ambos os extratos. EEHS e MEHS apresentaram consideráveis concentrações de fenóis (346,4 e 340,0 mg GAE/g, respectivamente) e flavonoides (7,6 e 6,9 mg QE/g, respectivamente). Além disso, foram reportados pela primeira vez para a espécie compostos como ácido glucônico, cinchonina IIb, isômero da cinchonina Ib, isômeros de hexosídeo de laricirresinol, ácido hexacosanoico, ácido lignocérico, ácido triacontanoico e α-amirona. Quanto à atividade antifúngica, os extratos mostraram ação intrínseca contra as espécies de Candida e em combinação com fluconazol, potencializaram a ação deste fármaco. Adicionalmente, os extratos inibiram a transição morfológica de formas invasivas de Candida spp., reduzindo a formação de hifas e pseudohifas. Embora os extratos não tenham exibido atividade antibacteriana intrínseca significativa contra E. coli, S. aureus e P. aeruginosa (MIC > 512 μg/mL), eles foram capazes de modificar a atividade da gentamicina, eritromicina e norfloxacina, potencializando, em particular, o efeito da gentamicina e eritromicina contra cepas multirresistentes de P. aeruginosa e E. coli. Os testes de toxicidade em D. melanogaster indicaram que os extratos não são tóxicos em concentrações clinicamente relevantes, sugerindo um perfil de segurança positivo. Este estudo oferece uma validação parcial do uso etnofarmacológico de H. speciosa e destaca seu potencial como fonte de compostos bioativos para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos.
URI : https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62627
Aparece en las colecciones: Teses de Doutorado - Biologia Vegetal

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