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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62749
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Título : | O quilombo na TV : as representações sociais dos quilombolas no Jornal Nacional |
Autor : | ARAÚJO, Danilo Borges e Silva de |
Palabras clave : | Comunidades quilombolas; Jornal Nacional; Representações sociais; Telejornalismo; Construção social da realidade |
Fecha de publicación : | 20-feb-2025 |
Editorial : | Universidade Federal de Pernambuco |
Citación : | ARAÚJO, Danilo Borges e Silva de. O quilombo na TV: as representações sociais dos quilombolas no Jornal Nacional. 2025. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Resumen : | Esta pesquisa investiga as representações sociais das comunidades quilombolas no Jornal Nacional, da Rede Globo, ao longo de 2023, com o objetivo de compreender como essas populações foram retratadas em um ano marcado por eventos históricos e políticos. Entre os acontecimentos analisados estão a inclusão inédita de dados sobre quilombolas no Censo Demográfico de 2022 e o assassinato de Mãe Bernadete, líder quilombola e religiosa. A pesquisa parte da questão: De que modo as populações quilombolas são representadas pelo Jornal Nacional no ano de 2023? O estudo fundamenta-se nos conceitos de Telejornalismo, Representações Sociais e Populações Quilombolas, com apoio de autores como Rezende (2000), Alsina (1989), Moraes (2015) Moscovici (2009), Hall (1997, 2003, 2016), Santos (2015), Guena (2014, 2020). Metodologicamente, adota-se uma abordagem qualitativa, utilizando-se alguns métodos: pesquisa bibliográfica (Andrade, 2010; Fonseca, 2002), análise de conteúdo (Bardin, 2006) das reportagens veiculadas ao longo de 2023 no telejornal. Ao longo do ano de 2023, o Jornal Nacional (JN) publicou 09 produções jornalísticas sobre a população quilombola, concentrando-se em duas temáticas principais: a inclusão dos quilombolas no Censo Demográfico de 2022 e o assassinato de Mãe Bernadete, líder quilombola e religiosa. Os resultados indicam quatro representações sociais centrais: “Identificação das comunidades quilombolas pelo Estado”, “Violência e Insegurança”, “Liderança quilombola” e “Investigação e Justiça”. No caso do Censo Quilombola, a narrativa jornalística enfatiza a visibilidade estatística dessas populações como um marco inédito, mas carece de um aprofundamento crítico sobre os desafios históricos, políticos e estruturais que perpetuam sua exclusão. No caso do assassinato de Mãe Bernadete, a cobertura destaca a brutalidade do crime e a vulnerabilidade da liderança quilombola - Mãe Bernadete, mas falha em contextualizar o evento nas dinâmicas mais amplas de racismo, violência, conflitos territoriais e resistência das comunidades. A análise revela que o modelo de telejornalismo adotado pelo Jornal Nacional prioriza síntese, superficialidade em detrimento de análises mais aprofundadas. As abordagens, embora contribuam para a visibilidade das populações quilombolas, frequentemente marginalizam essas comunidades. As populações quilombolas são representadas pelo Jornal Nacional em 2023 de forma ambivalente, com ênfase em temas pontuais como a inclusão no Censo do IBGE e o assassinato de Mãe Bernadete. Apesar de abordar questões como a visibilidade estatística e a vulnerabilidade à violência, a cobertura carece de profundidade. As produções jornalísticas retratam os quilombolas como vítimas de exclusão e violência, mas deixam de reconhecer a complexidade e a diversidade histórica desses grupos. Essa abordagem negligencia suas lutas por direitos, sua resistência histórica e seu papel transformador na sociedade, limitando-se a uma narrativa centrada em elementos pontuais e factuais. Conclui-se que o telejornalismo, como mediador da realidade social, pode abordar temas complexos de maneira mais crítica e inclusiva. A partir dos resultados desta pesquisa, foram desenvolvidas 'Orientações para a Cobertura Jornalística de Populações Quilombolas', visando orientar jornalistas na promoção de narrativas mais inclusivas e éticas, que respeitem as especificidades culturais, históricas e sociais das populações quilombolas. Esta pesquisa tem sua relevância ao pensar o telejornal como um espaço para construção de narrativas que podem reforçar ou desafiar desigualdades históricas, contribuindo para a compreensão das dinâmicas de inclusão e exclusão de alguns temas na mídia. |
URI : | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62749 |
Aparece en las colecciones: | Teses de Doutorado - Comunicação |
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