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Título: Variação diária do uso do espaço e alimentação do peixe-papagaio-cinza (Sparisoma axillare) em um recife de coral do Atlântico Sul
Autor(es): GOMES, Luiza Pereira
Palavras-chave: Telemetria acústica; Core range; Ciclo diário; Herbivoria; Abundância; Padrões de movimento
Data do documento: 26-Set-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: GOMES, Luiza Pereira. Variação diária do uso do espaço e alimentação do peixe-papagaio-cinza (Sparisoma axillare) em um recife de coral do Atlântico Sul. 2024. Dissertação (Doutorado em Oceanografia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: Peixes-papagaio são considerados mediadores importantes na dinâmica competitiva entre corais e algas, sendo essenciais para a saúde e resiliência dos recifes de coral. Os padrões diários de movimentação, abundância e distribuição desses animais no recife são influenciados por diversos fatores. O Sparisoma axillare é um peixe herbívoro abundante nos recifes de Tamandaré e uma peça-chave na estruturação, resiliência e equilíbrio desse ecossistema. O objetivo do presente estudo foi compreender os padrões e fatores determinantes da movimentação diurna desta espécie, através da análise de dados de telemetria acústica, comportamento in situ e distribuição. O período diurno foi dividido em cinco blocos, sendo: B1 05:00 – 06:59; B2 07:00 – 09:59; B3 10:00 – 12:59; B4 13:00 – 15:59; B5 16:00 – 18:00. Para telemetria, foram calculadas as áreas de core range e os índices de sobreposição (Overlap Index – OI) individuais. Os menores valores de core range e número de detecções, foram em B1 e B5, e os maiores valores, em B3. É possivel que isso indique que, ao meio dia, os peixes estão no pico da movimentação e aparentemente explorando áreas maiores, com declínio até o final da tarde. Esse padrão pode ser explicado pelos seguintes aspectos: (1) fidelidade aos sítios de descanso e chegada aos abrigos noturnos (2) valor nutricional das algas e estratégias de forrageamento; (3) interações inter- e intraespecíficas. Para herbivoria e abundância, foram coletados taxa de mordida e censos visuais. Em B1 e B5 (amanhecer e entardecer), as taxas de forrageamento foram, em média, as mais baixas e em B3 e B4 (meio-dia e meio da tarde), as mais altas. Os itens alimentares preferenciais foram divididos em quatro categorias: tapete multiespecífico dominado por algas calcárias articuladas + algas folhosas e corticadas - TURF; algas variadas cobertas de areia/detrito – AR, algas calcárias articuladas do gênero Halimeda spp – HAL e algas pardas (Sargassum spp, Dictyopteris spp e Dictyota spp) – AP. As categorias mais e menos consumidas foram, respectivamente, TURF e HAL. É possível que a herbivoria seja maior no meio do dia e a tarde, coincidindo com o pico da fotossíntese e valor nutricional das algas. Já a abundância, é menor ao longo dos recifes no meio do dia, muito provavelmente pela alta atividade de forrageamento ativo. Por fim, os valores no inicio da manhã e final da tarde se mostraram baixos em todos os aspectos (telemetria, herbivoria e abundância), sugerindo uma alta fidelidade aos sítios de descanso. O estudo destaca a complexa interação com variáveis ambientais determinantes nos padrões de movimentação de animais extremamente importantes para o equilíbrio de um sistema frágil, tal como o recife de coral. Esses resultados fornecem subsídios importantes para a gestão de áreas protegidas e para políticas de conservação, contribuindo para o manejo sustentável de espécies vulneráveis nos recifes.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63188
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Oceanografia

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