Mulheres em tratamento de álcool e outras drogas: reflexões e apontamentos

Abstract

Este Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Serviço Social emerge da experiência de dois semestres de estágio em um CAPS AD do Recife. Refletimos acerca da presença das mulheres no Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas (CAPS AD) e notamos baixa adesão ao tratamento. O objetivo geral, foi “refletir sobre desafios enfrentados por mulheres em tratamento de substâncias psicoativas a partir da vivência do Estágio Curricular Obrigatório de Serviço Social em um CAPS AD”. Metodologicamente, o estudo ancora-se no método crítico dialético que possibilita aprender a realidade na perspectiva da totalidade. Foram adotados os procedimentos do levantamento bibliográfico - com buscas em plataformas de literatura especializada como Google Acadêmico, Biblioteca Eletrônica Científica Online (Scielo) e a Biblioteca Virtual de Saúde -, e do levantamento documental com referenciamento das seguintes leis: Lei Orgânica da Saúde, no8080/90; Lei da Reforma Psiquiátrica, no 10.216/2001; Lei/Sistema de Política sobre Drogas, no 13.840/2019. Também fizemos uso das seguintes Portarias: GM/MS no 2.197/2004 redefine e amplia a atenção integral aos usuários/as de álcool e outras drogas; GM/MS no 336/2002, regulamenta os Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); GM/MS no 3.088/2011, institui a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Tomamos como principais referências teóricas as/os seguintes autoras/es: Érika Silva, Inês Bravo, Marilda Iamamoto, Maria José Osis, Paulo Amarante, Raquel Gouveia. Pode-se indicar que a efetivação da Política de Saúde Mental deu-se tardiamente no Brasil. É válido destacar a necessidade de atenção particularizada às mulheres nos CAPS AD, considerando serem impactadas pelas relações desiguais de gênero na sociabilidade capitalista. Outrossim, indicamos as contribuições do Serviço Social nas equipes de saúde e os aportes da profissão frente à problemática sob estudo.