A influência da realidade virtual na qualidade de vida de pacientes renais crônicos dialíticos e alterações nos parâmetros cardiológicos

Abstract

A doença renal crônica se constitui na falha progressiva da função renal onde o paciente necessita do mecanismo de terapia substitutiva para sobreviver. Como estratégia de enfrentamento, às tecnologias emergem na tentativa de melhorarem a experiência dos pacientes que convivem com a hemodiálise. Objetivou-se avaliar a influência do uso da realidade virtual na mudança da qualidade de vida de pacientes renais crônicos dialíticos. A pesquisa foi um ensaio clínico, de maneira randomizada e intervencionista, de delineação transversal, fazendo um levantamento quanti-qualitativo, aplicando o protocolo de qualidade de vida intradialítica, com uso da tecnologia de realidade virtual, que tem como finalidade analisar os aspectos relacionados à mudança na qualidade de vida dos pacientes renais crônicos. A análise das variáveis nos gráficos pré e pós-intervenção indica que a terapia com realidade virtual teve impactos positivos em dimensões como desempenho emocional, função social e qualidade da interação social. No entanto, outras variáveis, como atividade profissional, sono e apoio social, não mostraram mudanças significativas, e algumas, como o encorajamento do pessoal de diálise, apresentaram até uma leve redução no grupo de intervenção. Em síntese, os dados indicam que o uso da realidade virtual por pacientes renais crônicos dialíticos foi satisfatório, tanto em termos de usabilidade quanto de prazer gerado pela experiência com a tecnologia. A implementação de RV na terapia de hemodiálise revelou-se altamente promissora, oferecendo uma série de benefícios significativos para a experiência e a qualidade de vida dos pacientes, haja vista que com uma média de usabilidade de 87,50, a tecnologia demonstrou ser bem recebida pelos pacientes, proporcionando uma experiência imersiva que contribui para a redução da ansiedade e do estresse associados ao tratamento, permitindo, ainda, que os pacientes se engajassem em atividades lúdicas e educativas durante o procedimento, o que pode tornar a terapia mais suportável e melhorar a adesão ao tratamento.