Análise da atividade bioestimuladora de colágeno da cramoll livre e imobilizada em um gel de galactomanana in vitro

Abstract

A pele é o maior órgão do corpo humano e representa uma estrutura vital para a proteção dos órgãos internos. Com o passar dos anos, tende a diminuir a produção de colágeno e com a exposição a agentes externos, como luz solar, o processo do envelhecimento é acelerado, levando a formação de rugas e um aumento da flacidez. Busca-se cada vez mais substâncias que sejam capazes de retardar esse processo. A Cramoll 1,4 (Cramoll) é uma lectina extraída das sementes de Cratylia mollis que demostrou ser capaz de estimular a produção e o depósito de colágeno tipo I em feridas de camundongos diabéticos. A Cramoll foi imobilizada em um gel de Galactomanana extraído das sementes de Cassia grandis, pois, proporciona maior estabilidade a lectina e uma liberação controlada no meio. Este estudo teve o objetivo de analisar a atividade bioestimuladora de colágeno da Cramoll livre e imobilizada em um gel de galactomanana sobre a linhagem de células vero CCL-81. As células foram divididas em 7 grupos: Controle (C) - Células Vero e suplementação; Controle Meio (CM) - Meio de cultura; Cra0,2 – Células Vero tratadas com Cramoll (0,2mg/ml); Cra0,2+Gal – Células Vero tratadas com Cramoll (0,2mg/ml) imobilizada no gel de Galactomanana; Cra0,4 – Células Vero tratadas com Cramoll (0,4mg/ml); Cra0,4+Gal – Células Vero tratadas com Cramoll (0,4mg/ml) imobilizada no gel de Galactomanana; e CG – Células Vero tratadas com Galactomanana. Após 48 e 72 horas adicionou-se o corante Sirus Red (Chondrex) ao meio, que liga-se especificamente as fibras de colágeno e a quantificação foi realizada utilizando um espectrofotômetro a 570nm. A Cramoll foi capaz de estimular a síntese de colágeno em todas as concentrações utilizadas, tanto sozinha, quanto imobilizada no gel de galactomanana. Apresentou maior síntese de colágeno em relação ao tempo de exposição (72 horas) e não apresentou diferenças significativas de ação estando livre ou imobilizada. Esses resultados comprovam a atividade bioestimuladora de colágeno dessa lectina.