A COMBINAÇÃO MEDICAMENTOSA DE PENTOXIFILINA E TOCOFEROL COMO PREVENÇÃO DA OSTEORRADIONECROSE DOS MAXILARES NO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA DO HOSPITAL DO CÂNCER DE PERNAMBUCO

Abstract

A combinação de pentoxifilina e tocoferol (PENTO) é estudada para prevenir a osteorradionecrose (ORN) em pacientes que passaram por radioterapia na área de cabeça e pescoço. O tratamento visa reduzir a ocorrência de ORN após cirurgias nessa área e resolver problemas dentários decorrentes da radioterapia. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do protocolo PENTO na prevenção da ORN após exodontias em pacientes submetidos a radioterapia na região de cabeça e pescoço, e revisar a literatura sobre sua eficácia como protocolo preventivo para ORN dos maxilares. Trata-se de um estudo transversal com pacientes que necessitavam de exodontia e tinham histórico de radioterapia na região de cabeça e pescoço, divididos em dois grupos, um deles usou apenas antibioticoterapia e o outro o protocolo PENTO com antibiótico. Foi realizada uma busca nas bases de dados Scielo, PubMed, BVS, Cochrane, Lilacs e Science Direct usando termos como “Pentoxifylline”, “Tocopherols”, “Jaws”, e “Osteorradionecrosis”, com operadores booleanos “AND” e “OR”, para encontrar artigos recentes e gratuitos sobre o uso do protocolo PENTO. Ademais, dados foram coletados antes do procedimento até 28 dias após a cirurgia, comparando os pós-operatórios. Os resultados indicam que o protocolo PENTO é promissor, com 90,91% dos pacientes mostrando cicatrização excelente e 9,09% boa. Nos artigos a taxa de incidência da ORN varia entre 3,2% a 13,8%, sugerindo a eficácia do PENTO como método preventivo de ORN. O grupo que usou o protocolo PENTO apresentou melhor desempenho na prevenção da ORN, com cicatrização mais satisfatória (90,91% de cicatrização excelente após 28 dias) em comparação ao grupo que recebeu apenas antibiótico (60,87% de cicatrização excelente após 28 dias). A literatura também relata resultados promissores do PENTO para prevenção da ORN. O protocolo PENTO pode ser eficaz na prevenção da ORN após exodontias em pacientes irradiados, com uma taxa reduzida de incidência de ORN e boas taxas de cicatrização. No entanto, mais estudos clínicos são necessários para confirmar sua eficácia definitiva.