A influência das redes sociais na manifestação de transtornos alimentares em adolescentes: uma revisão integrativa

Abstract

A adolescência é um período de intensas mudanças e maior vulnerabilidade a comportamentos de risco, como os Transtornos Alimentares. Fatores como insatisfação corporal e uso excessivo de redes sociais contribuem significativamente para esse quadro, uma vez que a exposição constante a padrões estéticos idealizados compromete a autoimagem e estimula práticas alimentares inadequadas. Evidências sugerem que a moderação no uso dessas plataformas pode reduzir sintomas associados aos transtornos. Este estudo tem como objetivo analisar a relação entre o uso de redes sociais e comportamentos alimentares de risco em adolescentes. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura. As buscas foram realizadas nas bases SciELO, PubMed e LILACS, entre julho e agosto de 2025, com critérios rigorosos de seleção. Ao final do processo, foram incluídos 10 artigos entre 2010 a 2025 que atenderam aos objetivos da investigação. Os resultados demonstram uma associação clara entre o uso frequente de redes sociais e o aumento de condutas alimentares prejudiciais, especialmente entre meninas. Emoções como ansiedade e tristeza, intensificadas muitas vezes pela mídia, reforçam a insatisfação corporal, impulsionando dietas restritivas, jejum e comportamentos compensatórios. Embora menos estudados, meninos também apresentam impactos, com motivações e padrões distintos. Conclui-se que o uso intensivo das redes sociais está correlacionado com um aumento significativo em comportamentos alimentares de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares, especialmente entre adolescentes do sexo feminino.