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Título: Relampejava nas cabeceiras: subjetividade e modernidade em Menino de Engenho de José Lins do Rego
Autor(es): Caminha, Thiago Moura Guimarães
Palavras-chave: José Lins do Rego; Modernidade; Subjetividade; Crise do Romance; Melancolia
Data do documento: 20-Ago-2025
Citação: MOURA-CAMINHA, Thiago G. Relampejava nas cabeceiras: subjetividade e modernidade em Menino de Engenho de José Lins do Rego. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Letras – Licenciatura em Português) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: Nesta pesquisa, propomos ler Menino de engenho (1932), de José Lins do Rego, a partir da possibilidade de inscrevê-lo no debate sobre a modernidade literária ocidental — herética, fragmentada e de autoescrutínio. Para isso, recorreremos às concepções sobre a subjetividade e narrativa moderna de teóricos como Antoine Compagnon (2010), Hugo Friedrich (1978), Peter Gay (2009) e Edmund Wilson (1959). Analisamos Menino de engenho partindo da admissão que é possível reconhecer na tessitura de seu texto aquilo que chamamos de “crise do romance”, conforme teorizada por uma linhagem crítica que inclui Walter Benjamin (1987), Theodor Adorno (2003), Anatol Rosenfeld (2009) e Silviano Santiago (2002). A tese central desses autores converge para um ponto: a impossibilidade, na modernidade, de a narrativa apreender a totalidade da experiência real. A chave para essa análise, que mobiliza as teorias de Sigmund Freud (2010) e Julia Kristeva (1989), reside no conceito de melancolia, que defendo não como mero tema, mas como o dispositivo literário que estrutura a narrativa memorialista e a subjetividade do narrador. Sustento a tese de que o sentimento de perda que define o protagonista reflete uma pulsão da condição moderna, transformando o engenho em um microcosmo da crise da narrativa no século XX. Concluo que o primeiro romance do ciclo da cana-de-açúcar apresenta uma estética marcadamente moderna, capaz de ampliar o conceito de regionalismo frequentemente associado pejorativamente à obra de José Lins do Rego. A narrativa, por sua profundidade e especificidade, adquire um caráter da modernidade do século XX, sendo simultaneamente particular, ou regional, e ocidental.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66298
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