Formação docente, currículo e as temáticas de gênero e sexualidade: a visão dos licenciados/as de Química da UFPE - CAA.

Abstract

Os sistemas de ensino abrigam aproximadamente 62% dos adolescentes e jovens brasileiros entre 10 e 24 anos de idade, inserido no processo de transformação da realidade econômica, política, histórico-cultural, corresponde então a uma parcela significativa de responsabilidade na formação integral de sujeitos de direitos. Este sistema educacional trata-se de um espaço institucional privilegiado para a convivência social e o estabelecimento de relações favoráveis com a ciência, a promoção da saúde, à construção de resposta social e na construção da identidade dos sujeitos que por ali passam. Diante disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) buscam intensificar, entre os professores/as, a discussão da prática e do posicionamento frente às questões educacionais, econômicas, políticas e sociais. Seus organizadores destacam, dentre as razões fundamentais desse trabalho, a contribuição, para que profundas transformações se façam no panorama educacional brasileiro sendo o docente o principal agente desta tarefa. É com base nas normas e diretrizes determinadas pelos PCNs e partindo do pressuposto de que as práticas pedagógicas sobre gênero e sexualidade nas escolas não estão obtendo resultados eficazes devido a ausente discussão deste tema na formação inicial dos professores, buscamos neste estudo, investigar como os temas gênero e sexualidade são abordados no decorrer da formação inicial dos professores/as de Química da UFPE – CAA e quais as concepções destes alunos acerca do tema, a partir de uma metodologia quantitativa e qualitativa, utilizando-se de questionários e entrevistas semi-estruturadas, pode-se observar que o curso de Química – Licenciatura da UFPE – CAA, forma docentes, ligeiramente sintonizados/as às concepções de gênero e sexualidade. os/as discentes ainda permanecem com uma concepção biológica sobre o gênero, entretanto, aproximam-se da concepção da sexualidade, concluiu-se ainda que as concepções de homem e mulher permanecem sobre os aspectos culturais hegemônicos e constatou-se que, mesmo com o debate no currículo formal sobre as temáticas de gênero e sexualidade os/as licenciandos/as ainda se sentem inseguros para trabalharem em turmas do ensino médio.