Lesões em praticantes de pole dance : uma revisão sistemática

Abstract

Introdução: O pole dance é uma prática esportiva emergente, que vem perdendo cada vez mais sua conotação sexual, e atualmente abrange diversas faixas etárias e gêneros. Entretanto, com o aumento da sua popularização e o surgimento dos campeonatos, devido às características da modalidade, como os movimentos de inversão, a velocidade do giro, e altura da realização das movimentações, o pole dance se tornou uma prática de alto potencial lesivo. Dessa forma, se faz necessário uma investigação dos dados que encontramos atualmente na literatura, para se obter um norteamento para que medidas de segurança e prevenção possam ser desenvolvidas, além de indicar o caminho para novas pesquisas. Objetivo: Analisar, através de uma revisão sistemática, estudos científicos que tratem sobre lesões em praticantes de pole dance. Procedimentos metodológicos: A pesquisa se trata de uma revisão sistemática cuja revisão se baseou em estudos já existentes, observacionais ou experimentais; nas bases de dados PubMed (National Library of Medicine's – NLM) e na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), que abordam sobre lesões cutâneas, ósseas, musculares ou articulares durante e / ou por causa a prática de pole dance ou pole sport, não sendo limitada por anos, nem pelo idioma. Resultados: Foram encontrados um total de 362 artigos, dos quais foram excluídos 346 não relacionados ao tema, 6 duplicados, 2 relatos de caso e 1 série de casos. Posteriormente, mais 1 artigo ainda foi excluído pois não foi disponibilizado integralmente de forma gratuita. Após a leitura na íntegra dos estudos, 6 artigos foram eleitos para esta revisão. Considerações finais: O pole dance pode ser considerado uma prática de alto potencial lesivo, além de que os praticantes possuem grandes chances de desenvolverem mais de um episódio significativo; e a principal consequência é a pausa no treino. Dentre as áreas mais lesionadas estão: ombro, punho, coxa, lombar, pescoço e pé.