MATERNIDADES NEGRAS E OS IMPACTOS DA VIOLÊNCIA RACISTA: estudo de caso de Carolina Maria de Jesus, Mirtes Renata e Kathlen Romeu

Abstract

A presente monografia teve como objetivo analisar a maternidade negra, ou seja, o exercício de ser mulher negra e mãe no Brasil a partir dos estudos de caso de Carolina Maria de Jesus, Mirtes Santana e Kathlen Romeu. Mediante os estudos, pretendemos observar como as experiências dessas mulheres negras, no que se refere à maternidade, foram atravessadas pelo racismo, por violências, desigualdades raciais, econômicas e sociais. Ademais, o trabalho buscou compreender acerca da maternidade enquanto uma construção social, evidenciando que propagou-se no meio social em que estamos inseridos a ideia de que mulheres nascem com um instinto materno, logo, seu destino é ser mãe, mas ao mesmo tempo não dão as condições sociais para exercer essa maternidade. E por fim, este trabalho também visou discutir sobre as vivências de mães negras durante o período escravocrata brasileiro, enfatizando assim, que tal processo foi marcado por inúmeras explorações e opressões senhorais, e muitas violências como o estupro e discutiu também sobre o fato das mulheres negras serem as maiores vítimas da violência obstétrica em decorrência do racismo estrutural e institucional que permeiam as instituições de saúde, sejam elas públicas ou privadas.