Restrição alimentar por praticantes de Crossfit de uma academia de Vitória de Santo Antão - PE

Abstract

A crescente popularidade do crossfit, tem levado muitos praticantes a adotarem restrições alimentares rigorosas na perspectiva de melhora da composição corporal. O presente trabalho tem como objetivo, avaliar a adesão às práticas alimentares restritivas entre os praticantes de Crossfit de uma academia de Vitória de Santo Antão – PE. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e de corte transversal, que foi realizado com praticantes de Crossfit, adultos, em, no período de dezembro de 2023. A pesquisa foi divulgada por meio de cartaz fixado no mural de informações da academia e na rede social do estabelecimento. Os participantes foram selecionados de forma aleatória por demanda espontânea e o questionário aplicados de forma presencial em um único momento. Foram coletados dados socioeconômicos e demográficos, da frequência da prática de dietas restritivas e as repercussões desta prática alimentar no peso corporal e no comportamento alimentar. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Acadêmico da Vitória da Universidade Federal de Pernambuco (CEP/CAV/UFPE) (CAAE: 67622723.1.0000.5208). A construção do banco de dados foi realizada no Excel, sendo realizadas análises descritivas de médias, desvios-padrões, distribuição em frequência e percentagem. Este estudo analisou 41 praticantes de Crossfit, sendo a maioria do sexo feminino (56,09% / n= 23), situados na faixa etária de 25 a 34 anos (51,21% / n = 21). A realização de dietas restritivas, às vezes pelos homens foi registrada em 44,4% / n=8; enquanto nas mulheres foi constatado que, 26,08% / n=6 fazem dieta às vezes; 43,47% / n=10 fazem com frequência, e 21,73% / n=5 sempre fazem. Quanto à repercussão no peso corporal, 8,6% / n=2 praticantes de Crossfit referiram já ter perdido mais de 10 kg em um mês. Destaca-se ainda o sentimento de culpa após um episódio de comer exagerado, vivenciado por 27,7% / n=5 dos homens que se sentem culpados com frequência, e por 26,08% / n=6 mulheres. Diante dos resultados preocupantes, que revelam a restrição alimentar ser um comportamento alimentar disfuncional praticado pelos indivíduos praticantes de Crossfit, independente da frequência adotada, com desdobramentos desfavoráveis sobre o estado nutricional é importante implementar ações de educação alimentar e nutricional direcionadas para esse público, com vistas a promover hábitos alimentares adequados, promoção da saúde, prevenção de doenças, especialmente àquelas relacionadas aos transtornos alimentares, bem como melhorar qualidade de vida desses indivíduos.